O SÉCULO PASSA, BISTURI
o atrito da testada
entre dois bois almiscarados
ou uma capivara roendo a beira da sua palavra rio
são da mesma estatura e da mesma especie
daquilo que se sente e daquilo que não se diz.
mas pesa e peso estronda.
perdesse o céu,mas nunca
deixando de relampejar.
um gato siames mija
e uma adolescente se encanta
e sonha um dia parar de chorar
e começar a miar.
os raios ultravioletas que se despedem
do deserto do Atacama
para brilharem aqui no seu sorriso.
técnicas de engenharia de caldeira
são aptas a manutenção de um coração.
carência é o wi fi
que conecta
Deus ou Iemanjá ou Krshna
com uma pessoa
que vê num dialogo escuro,
olho no olho,
não apenas um dia
lógo
mais um exercicio de irrigação.
e esse cardume de piranhas do rio solimoes
aguardando vontades cobertas com
camada de
carnosidade.
um travesti engravida Eva.
porém foi o mundo que nasceu travestido.
que mamou na teta de um cometa,
babou o moderno e
gofou um golfo de retrocesso.
Aqui o ar é que te respira,
a tarifa inflacionaria te suicida,
felicidade não se mede com quilowatts e megabytes
e se esfarelar como uma paçoca
é o seculo que vem e te soca.
o ensinado era
a perfuratriz cutucar o grelo do oceano
para jorrar pre sal
mas somos nós quem jorramos
quando o cotidiano perfura.
Broca de aço no baço.
são os fogos de artifícios
multi-colorindo seu ultimo
pedaço de céu.
mais fogos de artifícios
multi-colorindo seu ultimo
pedaço de céu.
Explosões como as das estrelas e asteróides.
Explosões!
pessoa também explode,
torpedo submarino neural
esgoelando a guela do alvoroço.
O lance é que a gente despetala um hipopótamo
ou assopra-o feito dente de leão
quando exercemos a função do substantivo Resistência
diante da turbulência
dia 28/10.13
Parte 01