25 de mar. de 2014

POEMAS E ETCS

Esgota-se mais um tiragem d´A Cachoeira do Poema na Fazenda do Seu Astral ( Terceira Tiragem) continuo o ciclo da exposição organica-poética (APOLOGIA POÉTICA) nas ruas e ambientes fechados,continua também o ciclo de apresentação do livro-Ultimas datas fora 02-03 (Grito Petropolis-Rj) - 04-03 (Grito Juiz de Fora - MG ) 23-03(Intercambio Cultural - Rio - Petropolis)

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Vídeo do Grito Petrópolis
https://www.youtube.com/watch?v=AIOGhZMTZFg
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Matéria no blog do Selo Petropolin INC
http://petropolis-inc.blogspot.com.br/2014/03/chega-sua-terceira-tiragem-edicao.html

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Poemado Vulcânico Cuspindo Pa(lava)



Poemado Vulcânico Cuspindo Pa(lava)


não sei se vivo ou se sobrevivo,
estou em plena
extravasação do magma .
decorar
as vezes é um verbo ameno,
para uma  garganta que é a erupção de um vulcão
ate então bobo e adormecido
onde fonemas e poemas
agora escorrem
como cinzas vulcânicas .
As vezes
é você causando erupções vulcânicas no meu magma e
jorrando no meu fluxo sanguíneo
uma escoada de lava.


II
teus pês grudados nos meus pês .
faiscantes.
Caldeira de Vilama no acolchoado da cama.


DIALOGAR


com a boca grudada numa teta
ordenho uma especie de vaca ;
e tal qual uma barragem
se rompe
e espirra um sulco atômico,
que aleita minhas sílabas e
explode
a palavra ate então grudada no meu beiço
como neném com a chupeta do medo,
encara o ar comprimido e
um frenesi termonuclear arde minha traqueia
inspiro, expiro e a palavra abocanha o ar e o ouvido.
toda frase quando dita vem acompanhada de um semblante,
um contorcimento ou despojamento facial .
a palavra quando é só digitada deixa a
mandíbula a espera do beijo,do grito,do choro ou do riso.
conduíte que me liga ao mundo,
antena na telha da cabeça
me livrando do encarceramento rotineiro do silencio.
ilha banhada por rocha.
permitindo a comunicação até com uma larva.
um diálogo chega ao ponto
do outro, do eu, do nós
deixarmos de sermos simples pessoas

para tornarmos cataratas do niágara .



POEMATOLOGIA

Jacó de aço segura a juntura da coxa de um anjo.
uma hiena  de alumínio  gargalha  e me espia na avenida.
Enquanto
minha perna é puxada pela palavra Desânimo
é
o Poema,a trilha para cachoeira na Serra dos Órgãos,
algumas leves pessoas
& o verbo Resistir
os eletrodos
do meu desfibrilador .
Massagem
por meio de relâmpagos e rua.
ainda na  latitude do peito
nada de sódio,carboidrato,proteína
existe outro tipo de alimento,
um verbo,um sentimento,
algo mais dentro
entalado no esôfago
para me alimentar.
mas sinto do piso,
o sistema nervoso neural
o vibrar do trotar de um Titanossauro.
meu  couro capilar será perfurado por certas ânsias e pavores.
buscarei logo  os 125 poemas Waka
e deitado farei a leitura dentro da palavra estresse
senão consigo  ter a disposição de ser
centenas de mendigos cheirando cola dentro do jardim do Éden.


ZERO ZERO ZERO



passando a noite
mordendo a lamina  do serrote que havia pego
emprestado e ainda não havia entregado
e que já estava  até enferrujado;
arranhando o reboco das quatro paredes ;
o chapisco ia sendo apalpado com os meus dentes;
faria um chá de bebe do lado do meu tumulo nesta noite.
segundo dados técnicos a terra pesa 6.588 sextilhões de toneladas
meu coração e meu espirito possuíam o dobro desse peso.
colocaria o Rio Piranga debaixo do meu braço.
algo que eu supunha enorme me perturbava ,ou melhor
me estrangulava.
foi com este estopim que  percebi
que um
grão de bico
ou um pote
engole uma matilha de cem lobos uivando euforicamente;
a boca de uma torneira ou de uma mangueira
abocanha um oceano ;
vi
uma gota de sêmen
abraçando o infinito do universo;
germe apalpando o corpo celeste;
lombriga
larva
verme
impondo sua caminhada  gosmenta pelo mapa múndi.
ácaro mordendo o firmamento.
um pequeno byte move um planeta inteiro
um pequeno átomo move um planeta inteiro
quando nos dispomos a se
esfarelar
sentimos por dentro
algo  se  agigantar.
ser miúdo no mundo
mas fazendo o uso da linguagem de um reator.