Sente o alívio em tardes aurifulgentes
Quando o sol,no poente, lacrimejando
Cristais étereos e fosforescentes,
Dando- te ardentes beijos, almejando
Que tu gélida esperança, latejando
Entre as brisas leves e enfervecentes
Dos teus sonhos, seja flor amenizando
Os tormentos fecundos e latentes
Do tenebroso Ventre da Noite,
Que anela o pôr-do-sol no horizonte,
Para crivar no teu Porvir o Açoite.
E tua alma, se banha na Luz radiante
-Cascata cintilante- do entardecer,
Se fortalecendo para o anoitecer.